domingo, 16 de agosto de 2009

Surpresa de Manaus!

Oi pessoas!!!

Tenho muitas fotinhas da última semana aqui. Pra começar, dia 09 foi niver do meu Morequinho! Êêêêêêêêêê! Então fazia mais de 01 mês que eu sabia (e a Glau, Gui, Ka, Ke e Thiago também) que a mãe dele viria fazer uma surpresa pra ele nesse dia. Foi um mês difícer! Digo, por várias vezes quase entrego a surpresa, mas ainda bem que o Hugo é desligado e não percebeu nada. :-)

Domingo então, aniversário do Hugo e dia dos pais, eu inventei uma desculpa esfarrapada de que ia trabalhar pela manhã... e o Hugo caiu.

Eu, Gui e Ka fomos pegar a D.Huga (Tereza) no aeroporto. Na volta (estava meio chuvoso), chamei o Hugo lá embaixo do prédio pra me ajudar com "os refrigerantes"... Ele desceu com a Peteca e deu de cara com a mãe dele!

Gentem! Que agonia! Ele não sabia se abraçava a mãe, fechava o portão ou segurava a Peteca (que nessa hora já tava louca com a situação).

Surpresa II

Well, D.Tereza trouxe uma tonelada de peixe de Manaus. Comemos horrores! Tinha comida para uma semana... bem, nós tentamos. Gentem, imaginem que "diliça" ter a "chief" do "Bom Paladar" fazendo baião-de-dois, tambaqui assado, vinagrete, matrinxã, nham nham nham... Ai, já deu pra perceber que essa semana foi a minha perdição (02kg a mais). :-P

Hugo e D.Teresa e o Tambaquissauro

Durante a estadia da D.Tereza\Huga aqui fomos a Bella Mama.

Bella Mama

CTG35

CTG 35

E Redenção, of course.

E olha o estado da roupa da Peteca depois de uma das voltinhas na Redenção. Parece roupa de "mindinga"!!!

Roupa da Peteca

Ah, mas teve outro divertimento noturno que fizemos bastante: jogar boliche no Wii. D.Tereza saiu "pro" daqui! Deu uma surra no Hugo...

Wii

E outra em mim! Blé...

Foi uma semana muito boa. D.Huga\Tereza deixou saudades...

E sei que o Hugo amou cada segundo...

Hugo e Peteca

Feliz Aniversário Meu Amor! :-)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dois pesos, duas medidas?

Amigo - Oi...td bem?
Eu - Oi...td...e tu?
Amigo - Td blz.
Eu - Que bom... (na verdade não tava muito a fim de teclar)
Amigo - Tô "xaponado"... :-)
Eu - Hum...legal... (e o kiko?)
....
....
Eu - Quem é? (Senti que ele queria dizer, mas estava esperando eu perguntar)
Amigo - Ñ posso falar...ninguém pode saber...
Eu - Ué...Mas eu não estou nem aí... (Depois me toquei que isso poderia dar a entender que eu não estava nem ligando... o que também era verdade, mas não curto grosseria gratuita)
Eu - Quer dizer, eu não estou aí em Manaus pra saber. Aliás, eu conheço?
Amigo - Não...mas, n sei... minha mãe não pode saber...nem meu irmão.
Eu - Ah tah... entendi... (agora SIM estava curiosa)
Amigo - E vc vem pra cá em Setembro, não sei se vou ter coragem de te encarar.
Eu - Ah... então fala logo! Bora, fiquei curiosa.
Amigo - Tá. Mas vc não pode contar nada pra minha mãe, nem pro meu irmão! Eu morro negando...ai, você vai se decepcionar comigo...
Eu - ????? (pensei em mil coisas, pedofilia, traição na própria família, o que mais poderia ser pior? Comecei a me questionar se eu realmente queria saber)
Amigo - É um menino aí que conheci e a gente tá ficando....
Eu - Ué...era isso? (Seriozinho, isso nem constou na minha lista de coisas ruins que poderiam ser)
Amigo - Não conta pra ninguém, hein? Eu morro, nego tudo!
Eu - Ah, calminha, relaxa. Isso pra mim é normal. Pensei em tanta outra coisa...
Amigo - Você não faz idéia do que seja. Ninguém pode saber.
Eu - Olha só, com quantos anos você está agora? (Lado Law&Order SVU falando mais alto, vai que tá acontecendo algum tipo de abuso? Ai, jisus, onde eu fui amarrar o meu burrinho?)
Amigo - 19. (Caray, tô véia! Carreguei essa criatura no colo!)
Eu - Tá, deixa eu te perguntar mais uma coisa: você não sente atração por meninas? Só meninos? Sabe o que é, às vezes é fase. Não sei... Só quero entender o que você realmente quer...
Amigo - Sinto atração por meninos. Na verdade já até namorei sério uma vez. Durou um ano, mas acabou. :-(
Eu - Hum...tendi... Mas pode ficar tranquilo comigo. Mórreu.
Amigo - Se minha mãe souber ela me põe pra fora de casa...
Eu - É por isso que você tem que batalhar pela sua independência.
Amigo - Soh...
Eu - Sério. A vida é muito curta e passa rápido (hoje em, dia isso não sai da minha cabeça). Não vale a pena se anular por medo ou pra satisfazer os outros...mesmo pai ou mãe... A vida é sua. Você tem que fazer o que achar melhor e ficar em paz consigo mesmo.
Amigo - Disse tudo! (Ai ai ai, adolescentes...porque não questionam?!?!?!)
Eu - Mas você acha que sua mãe não entenderia mesmo? (Do jeito que conheço a peça acho que jogar na rua é pouco. Creio que ainda daria uma surra de fio elétrico no menino)
Amigo - Não entende. Ela até desconfia. Mas sempre deixa claro que não admite essa idéia. E eu morro negando.
Eu - É... pior que eu sei. Bem, fica tranquilo que eu não vou contar nada. Mas toma cuidado hein?
Amigo - Valeu conversar contigo. Tenho que ir agora. Depois nos falamos mais. Bjs.
Eu - Bjs.


Na volta pra casa fiquei pensando na minha responsabilidade. Eu agora estava dando conselhos para pessoas mais jovens!(Ugh, o peso dos anos!) E pior, dizendo coisas que iam contra os desejos da mãe dele, que é minha amiga. Mas isso eu consigo lidar. Só fiquei preocupada com a responsabilidade que é falar coisas pra adolescentes. Às vezes eles entendem tudo muito ao pé da letra (isso não é caso só de adolescentes, é bem verdade). Tem coisas que só a experiência faz iluminar nossa cabeça. E também fiquei me questionando se pra mim não era mais fácil "aceitar" (aceitar o quê mesmo? até isso me soa preconceituoso) e falar com ele daquele jeito porque eu não era a mãe dele.

Sempre fui bem flexível em relação à pessoas com comportamentos, idéias diferentes (pelo menos foi o que sempre achei). Confesso que já parei pra pensar o que eu faria se meu filho(a) -que ainda nem nasceu- fosse homossexual. Sei que não o jogaria fora de casa. Na verdade o que mais temo é que ele(a) não conte nada pra mim por medo de eu não aceitar. Eu sei que isso é dolorido. Fazer as coisas às escondidadas, gestos de reprovação dos pais e ser renegado. Fiquei me perguntando se eu agiria de forma igual, daria os mesmos conselhos, se fosse meu filho. Do fundo do coração eu acho que não. Acho que além de dizer o que disse para o meu amigo mais cedo, eu ia querer dar um abraço bem forte nele e dizer que não me importaria se ele(a) amasse um homem ou uma mulher, contando que ele(a) tivesse AMOR no coração. O que me importaria é que ele(a) fosse uma boa pessoa e, principalmente, fosse feliz. Diria também que o valor de um homem não se resume a opção sexual; estamos muito além disso. E que ele(a) poderia contar comigo pro que desse e viesse, sempre. Visão romântica da vida? Pode ser, mas eu prefiro assim.

É claro que com o tempo as pessoas mudam. Novos fatos e circunstâncias nos levam a rever nossas idéias e valores; a ser a tal "metamorfose ambulante". Mas, eu espero que se meu pensamento um dia mudar em relação a isso, que seja pra melhor, sempre.:-)