sábado, 8 de janeiro de 2011

Peteca

Faz tempo eu prometi um post dedicado só à Peteca. Já consigo ouvir inúmeros resmungos de que "Por que a Peteca e não o Pitico?". Pra resumir o assunto, o Pitico não existiria em nossas vidas se não fosse pela Peteca e pronto!

Pra quem não sabe, a Peteca é a SRD mestiça de pinsher que eu e o Hugo adotamos em 2008. Pra início de conversa nunca passou pela minha cabeça criar um cachorro em apartamento. Sempre tive cachorro, mas sempre tinha morado em casa com quintal. Cachorro e apartamento pra mim simplesmente não combinavam. O Hugo, pelo contrário, sempre quis ter um cachorrinho.

Bem, por essa época de 2009 eu andava muito down. Estava me recuprando de algumas coisas que não vou entrar em detalhes porque isso é assunto pro Lado B. O problema é que o clima andava bem pesado pra mim e, claro, sobrava pro Hugo também. Então resolvi adotar um cachorrinho mais pra deixar o Hugo feliz enquanto eu mergulhava mais e mais nas minha paranóias. As pessoas diziam que o bichinhos têm certas propriedades terapêuticas mas eu não botava muita fé.

A Peteca foi a nossa última opção. Tentamos n outros cachorrinhos e descartamos o anúncio dela várias vezes. Ela tinha uma carinha tão deprê e não sabíamos se ela era pequena mesmo. Acho que todo mundo que queria adotar pensar igual a nós. Pois depois de tentarmos vários anúncios acabamos decidindo por dar uma chance para o dela. Ficamos surpresos de saber que ninguém (NINGUÉM) tava na preferência por ela.

Bem, trouxemos ela pra casa e ela estava bem abatida. A impressão que tive na primeira noite dela aqui era que ela tinha desistido de tudo (é, tem coisas difíceis de explicar... é feeling mesmo). Ela morria de medo da gente e se escondeu no primeiro canto escuro que achou na nossa sala, aterrorizada. Não saía da caminha nem pra beber água. E confesso que se dependesse de mim ela ia penar muito. Meu tato é zero. Mas o Hugo foi com jeitinho, dava água com a ponta dos dedos pra ela e uns pedacinhso de pão amassado. Não é à toa que hoje ela é apaixonada por ele!

Peteca
Petequinha logo que chegou, assustada


Com o tempo ela foi melhorando. Começou a dar os passinhos medrosos pela casa, sabia onde fazer o número 1 e número 2 direitinho e começou a abanar o rabinho sempre que nos via. Isso foi uma coisa que eu admirei muito. Ficava pensando, "Ai, eu queria ser como um cachorinho pra poder dar um reset em tudo que ruim que aconteceu e voltar a acreditar nas coisas assim de peito aberto.". Porque vocês sabem que os cachorros não mentem. O rabinho não deixa.

No primeiro inverno dela com gente eu já tinha superado tanto meu bloqueio com cachorro em apê que ela até dormia com a gente! Teve um sábado pela manhã que acordei com ela dormindo no meu braço. Achei tão fofo, ela cochilando ali. Normalmente quando abríamos os olhos ela já estava nos encarando, silenciosa.

Peteca no Café das Fadas
Peteca muito chique em seu traje de inverno


Não preciso dizer que ela, com o seu jeitinho nada delicado, arrumou um lugar bem folgado no meu coração. Após o inverno, nos primeiros dias da primavera, fomos levar a Peteca pra passear na Redenção. Lembro de olhar pra ela e pensar em como ela tinha sido "resgatada" e automaticamente eu pensei "Não! Quem foi resgatada fui eu!". Querendo ou não aquela bolinha de pêlo, baforenta e "petequenta" tinha desenferrujado o dispositivo no meu coração que permitia levar a vida de forma mais leve. E ali eu entendi um pouquinho mais sobre essas propriedades terapêuticas caninas.

Eu_Peteca
Início da primavera na Redenção em 2009


De lá pra cá a Peteca já arranjou inimizade com todas as nossas visitas. Exceto em certas ocasiões onde por motivo de força maior (fome) ela teve que fazer uma trégua e se dar bem com a pessoa que estava tomando conta dela na nossa ausência. Mas no exato momento em que voltávamos pra casa, ela virava às costas pro antigo "amigo de infância" e agia como se nunca tivesse o visto, voltando a latir e mostrar seus lindos dentinhos ameaçadores. :-)

Feliz Natal
Peteca e o grande amor da sua vida


Agora, enquanto ela dorme no "sofá dos cachorros" com aquela barrigona subindo e descendo eu sou muito grata por ela estar conosco. Fico feliz por saber que aqui ela está protegida e ninguém vai lhe fazer mal. Nunca mais quero ver aqueles olhinhos tristonhos e desesperançados... nem nela, nem em mim.

Pra fechar, aí vai o replay da nossa Dança dos Famosos. Preciso fazer uma versão com o Pitico agora. Ah, por please, ignorem as vezes que minha buzanfa vai de encontro à câmera. :-)


Fui!

4 comentários:

Tiemi disse...

A Peteca fez muito bem pra vcs mesmo né, e o Pitico tb. Esses bichinhos tem o dom de tornar nossas vidas melhores.
beijos bocó.

Hugo disse...

Esse post foi pra lá de coisativo!

Essa praga me dobrou no dia em que ela tomou água na minha mão :)

Bia disse...

Oi Marcy!

Muito lindo este post! Confesso que eu tb era contra cachorros em apes. Mas o amor por esses bichinhos eh maior! :-) O stress tb rsrsrs

beijoss
Bia Shibuya

ThEyA disse...

A Peteca nem fez inimizade comigo, ela só me ignorou. Cagou pra mim.

Amo vocês. Adorei o vídeo e vc dando bundadas na câmera. xD