sábado, 1 de janeiro de 2011

(Sem)Tangos e (pequenas)Tragédias II

Depois de nos recuperarmos do táxi fedorento voltamos para o hotel e encaramos o quarto filial do inferno. Como era quente! Cruzes! O Sheron dormiu no chão pra ficar bem embaixo do ventilador de teto e eu e Hugo dormimos bem ao estilo estrela do mar na cama ao lado.

Pra tornar as coisas mais interessantes ainda tínhamos como vizinhas umas mocinhas - er - trabalhadoras da night. Assim, no way dar uma de defensora da moral e dos bons costumes. Ainda mais porque acredito que as pessoas tem que comer...não pegou bem isso. O que quero dizer é que todo mundo tem conta pra pagar e quem soy yo pra falar como as pessoas devem ou não ganhar a vida. Mas, ter que escutar um sobe e desce de escadas com os toc-toc das piriguetes altas horas da madruga nobody deserves, né?!?!

No primeiro raiar do sol já estávamos nos aprontando pra deixar a sauna, quer dizer, o quarto e continuar a explorar Buenos Aires.

Nesse dia, após tomar café estávamos decididos a pegar o busão -no estilo Linha Turismo- para conhecer os principais ppontos da cidade. Mas enrolamos tanto no café que quando chegamos na fila ela estava kilométrica. E ficamos sabendo que só tinha vaga para às 13:00h! Desistimos e decidimos explorar a cidade à pé.

Mais uma vez cruzamos o Obelisco, subimos parte da rua Florida e, por insistência minha, fomos ao Cemitério da Recoleta.

Logo ao chegramos lá já paramos numa sorveteria Fredo para provar o famoso sorvete. Gentem, o sorvete era uma refeição! Uma diliça! Mas nem quero pensar nas calorias!

Cemitério da Recoleta VSeguimos para o auspicioso passeio pelo cemitério. Assim, não sou nenhuma profunda conhecedora de cemitérios. Só conheço alguns de Manaus. O do Tarumã (tanto a parte "abastada" quanto a parte "assalariada") e o do Boulevard e do São Raimundo por vista do busão que passava por perto. Mas, eu achei o da Recoleta muito legal. Parecia uma mini cidade. O sol forte dava um quê de aridez, morbidez, I don't know.

Cemitério da Recoleta IX



Nos colocamos em busca do túmulo da Evita. Não foi difícil encontrar. Até aqui tudo bem. Mas aí o Sheron começou a entrar numa "bad trip" de que tudo muito mórbido, macabro... hahaha, imagina! Um cemitério! Mas eu estava muito empolgada com as esculturas e desenhos feitos nos jazigos/tumbas/wharever. Deixei o Hugo e o Sheron lá discutindo as tumbas macabras e continuei tirando fotos...

Cemitério da Recoleta III
O Sheron com cara de medo e o Hugo com olhar "reprovativo"




Fiquei esperando a hora em que os dois iam fatalmente cair no mesmo caminho que eu e então continuaríamos o resto do percurso juntos, mas... nada. E euzinha ansiosa que sou continuei tirando fotos e mais fotos. Era uma tumba mais bonita que a outra! E antigas. Uma viagem no tempo!



Cemitério da Recoleta IVImaginei que ali dava pra rolar 1001 estórias de terror mega macabras! Fui dando a volta no cemitério e desisti de esperar ou encontrar os meninos lá dentro. Pensei que na pior das hipóteses nos encontraríamos do lado de fora. E segui tirando fotos bem feliz e serelepe. Lá pelo fim do caminho encontrei um Seu Menino explicando como tinha sido criado o cemitério e falando do primeiro túmulo feito ali. Tinha um grupo de turistas seguindo ele e eu fui atrás, bem cachorro sem dono mesmo.

Cemitério da Recoleta VII
O anjo do topo parece que tá num show de rock gritando "Iuhuuu!"




Depois descansei debaixo de uma árvore tomando coragem para terminar o percurso. Depois de alguns minutos, levantei então e dei de cara com o Hugo. Agora imaginem a cena: eu toda serelepe do tipo "Oie! Você por aqui!!!" e o Hugo com o pior olhar "reprovativo" que já vi na minha vida. Na hora meu sorriso murchou e eu pensei que tinha feito alguma caca. Logo em seguida veio o Sheron rindo e me contando que os dois estavam desesperados a minha procura. E me contou que eles tinham ido pedir auxílio pros guardinhas (Os gaiatinhos, lembram?!? ) e ainda tiveram que escutar piadinhas. O Hugo foi dizer que a esposa dele (eu!) tinha se perdido e o que ele podia fazer, se tinha outra saída e tals. E o guardinha: Nahh! Isso acontece sempre! Elas vivem se perdendo lá dentro e o mais interessante é que depois de 09 meses nasce o filho do espírito!

Cemitério da Recoleta IImaginem a cara de p* da vida do Hugo comigo! E eu tão inocente. Nas fotinhas baixadas da máquina não apareceu nenhum espírito desencarnado pra comprovar minha idoneidade! Quase que nosso passeio termina por aí. Mas com jeitinho convencemos o Hugo a irmos no Hard Rock Café que ficava logo ali também. Depois disso, com a cabeça mais fria - literalmente - rimos demais do acontecido. O Sheron teve mais uma inspiração para um conto "A Esposa da Recoleta"! E essa foi a segunda pequena tragédia que nos aconteceu. E última também! Afe!

Cemitério da Recoleta VIIIAliás, ainda teve o cruzamento da cantada. Nessa hora o Hugo ainda tava semi-p*to comigo. Ele ia na frente no cruzamento, o Sheron logo atrás e eu por último. Daí alguém, acho que um motoqueiro numa Harley ( tá, tá, exagero meu) deu um assovio do tipo "fiu-fiu" pra minzinha. Ain, gentem, isso faz muito bem pra uma mulher acima dos 30 e levando em consideração que não estávamos ao lado de nenhuma construção. O Sheron virou na hora e aí nós dois caímos na gargalhada! Quando o Hugo virou a gente fez cara de paisagem na hora... Sabe Deus senão ia dar a louca nele e ele querer me puxar pelos cabelos dizendo que eu já tinha aprontado demais pra um dia só. Mas na verdade acho que o calor e o sol direto no nosso côco o dia inteiro deixa a gente mais irritadinho mesmo! Mais tarde rimos muito com as possibilidades de estórias do conto do Sheron! Em uma delas o Hugo ia visitar o cemitério todo dia 27 de Dezembro gritando pela "Martilla! Martilla!" (meu nome fictício) enquanto o Shenon (nome fictício do Sheron) gritava enlouquecido no Eduardo Ribeiro em Manaus!

Depois disso fomos jantar no shopping Alto Palermo, eu acho. Na volta pra casa continuávamos traumatizados com o táxi fedido (na verdade chamávamos de táxi c*g*do) e escolhíamos os taxistas pela idade e "cara de cheiroso"!

Os outros dias foram puramente consumistas! Andamos toda a rua Florida n vezes, percorremos toda a Santa Fé, o que em unidade de medida de pés doídos quer dizer muuuuito, muuuuuito doído!

Na volta pra casa eu peguei uma gripe rodoviária! É isso mesmo! Peguei a mardita na rodoviária e passei a viagem inteira de volta com gripe e garganta inflamada. E como disse o Sheron, fiz voto de silêncio a viagem toda. E falando sobre a volta, voltamos de Pluma. O "ó"! Sério, parecia ônibus de farofeiro! Mas é verdade que por isso até foi mais divertida. Inclusive os filmes piratão que passaram pra gente foram beem engraçados também. Mas, no fim das contas, entre Flecha e Pluma, 1000 vezes Flecha!

Ah, e se forem visitar B.A no verão, não façam como eu e não se certifiquem se o hotel tem ar-condicionado! Essa frase foi totalmente contra os princípios da PNL, logo as chances de alguém fazer a mesma caca é muito grande! :-)

Well, então foi isso!!! Fuio!

5 comentários:

Bia disse...

Uma vez meu marido também ficou P da vida comigo me procurando num shopping. E eu com cara de feliz pq estava experimentando umas roupas. rs

beijoss
Bia

Marcy disse...

Hahahaha... Totalmente justificável!!! :-P

Anônimo disse...

hahahah nao tem espirito neh???

Luciano Freire disse...

Argentina hein!?!?!?! Que chiiiiique! Esse ano quem sabe eu não dou um little jump lá! Já tenho os pontos da Gol para tal!

bjooooooo

Ah , Happy New Year!!!

Jander Nascimento disse...

Ah legal! Eu também tenho essa gosto por arte mórbida.
Recoleta e Bonaventure(http://maps.google.fr/maps/place?hl=fr&um=1&ie=UTF-8&q=savannah+cemetery&fb=1&gl=fr&hq=cemetery&hnear=Savannah,+GA,+USA&cid=13146594277963054703) foram os melhores cemitérios que conheci, em breve espero ir no Pere Lachaise.. beijão marcinha..